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30 set 2011 - por Admin

Sob suspeita, Assembleia de SP faz sessão secreta

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► Reportagem publicada em 30.set.2011 na Folha de S. Paulo

"PlenárioEm decisão tomada a portas fechadas, o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou ontem um convite, sem presença obrigatória, para que o deputado Roque Barbiere (PTB) justifique as afirmações de que há um esquema de venda de emendas na Casa.

O depoimento de Barbiere não só tem caráter opcional como poderá ser feito por escrito na próxima semana.

A manobra, capitaneada pelo presidente estadual do PTB, deputado Campos Machado, foi interpretada nos bastidores como uma operação para abafar o caso.

Foi ele o autor de um requerimento, chancelado pela base governista, para que a sessão fosse secreta.

Segundo ele, a justificativa para fechar as portas seria evitar que deputados da oposição fizessem "jogo para a imprensa e para a torcida".

Em seguida, durante bate-boca com Carlos Gianazzi (PSOL), disparou: "Não tem essa questão de democracia. Isso é demagogia".

O presidente do conselho, Hélio Nishimoto (PSDB), também minimizou a presença de Barbiere.

"É importante termos as declarações do próprio deputado. Se vai ser de forma pessoal ou escrita, para nós não é o mais importante."

Formado por nove integrantes, o conselho da Assembleia tem 30 dias, prorrogáveis por mais 30, para apresentar um parecer sobre as afirmações de Barbiere.

Ele afirmou que "25% a 30%" dos 94 deputados estaduais enriqueceram negociando suas emendas ao Orçamento com empreiteiros.

As declarações de Barbiere, que disse ainda ter alertado o governo do suposto esquema, foram dadas em entrevista ao jornal "Folha da Região", de Araçatuba, sua base eleitoral.

Após o incêndio causado na Assembleia pelas afirmações, Barbiere foi orientado por Campos Machado a sair de cena. Há uma semana ele não dá mais entrevistas.

A base governista também aproveitou a manobra para evitar que fosse votado requerimento da bancada do PT para convocar o secretário estadual de Meio Ambiente, deputado licenciado Bruno Covas (PSDB).

Pré-candidato à Prefeitura de São Paulo no ano que vem, Covas disse ao "Estado de S. Paulo" ter recebido oferta de propina de um prefeito após aprovação de uma emenda de R$ 50 mil.

O PSDB conseguiu que Covas fale sobre o tema na próxima terça-feira à Comissão de Meio Ambiente da Casa, e não ao Conselho de Ética.

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